Parte 1 - Dados de Base
Capítulo 1 - Grandes Distinções
Neste capítulo o autor fala sobre as distinções na aplicação das deontologias das Midas. Ele separa cinco obstáculos: tecnológico, político, econômico, conservadorismo do profissional da mídia e o conservadorismo do público (que depende de cada cultura). Ele cita quatro regimes possíveis para a deontologia. Dois deles democráticos, dois não. Mas há uma questão a se pensar: existe mesmo regime de imprensa democrático, mesmo a liberal? Segundo o autor isso é uma ilusão, uma vez que na virada do século XX tornava-se bom o que era lucrativo, e não ajuda o ser humano a discernir a verdade como seria se todos os fatos fossem relatados e opiniões postas no “mercado de idéias”.
Um regime que mais se aproxima do real democrático é o de Responsabilidade Social. Este conceito vigora desde 1947 e nos 20 anos seguintes, suas idéias foram em geral adotadas. Segundo a doutrina é preferível que nenhum meio de comunicação pertença ao Estado e nem esteja sob seu controle. E as empresas de comunicação devem responder às necessidades e desejos dos diversos grupos sociais.
Já os regimes Autoritário e Comunista as mídias devem atender os interesses do poder, restringindo assim o direito à toda e qualquer tipo de informação.
Funções dos meios de comunicação
No elenco dessas funções está a de informar ao público tudo o que acontece a sua volta. Particularmente, vigiar os poderes executivo, legislativo e judiciário. Deve também assegurar a comunicação social, tornando a coexistência pacífica. Fornece uma imagem do mundo inteiro, onde o homem comum só conhece o que provém de experiência pessoal, da escola e sobretudo da mídia. Transmite a cultura e dá instrumentos para a identificação étnica em que o indivíduo se insere. Através do entretenimento contribui para a felicidade. E, claro, vender. Os meios de comunicação são os principais vetores da publicidade. Seu fim principal é seduzir os leitores para vendê-los aos anunciantes.
Tipos de meios de comunicação
Como existem vários tipos de meios de comunicação (jornais, revistas, rádio e televisão), a deontologia torna-se variável. Essas distinções são facilmente notadas entre a imprensa e mídia audiovisual; entre mídia pública, mídia comercial e mídia privada não comercial. Vale salientar que a internet, até 1997 não era considerada mídia. Mas em 2006, a convergência tornou-se um tipo de mídia a parte. Rápida, eficiente e precisa onde seu público alvo interage com a mídia e consome seus produtos oferecidos.
Informação e Entretenimento
A fronteira entre jornalismo e entretenimento nunca foi nítida e é cada vez menos. A mídia popular sempre privilegiou o divertimento, e a comercial impregna agora todos os seus produtos com entretenimento. É inevitável a sobreposição. Aprende-se muito com diversão. Os dois tipos de mídia fornecem informação, no entanto, é indispensável cumprir o papel social, mantendo seus domínios.
Os participantes
As pessoas que trabalham para a mídia, não são a mídia propriamente dita. Suas responsabilidades são diferentes. Os jornalistas podem cometer erros sozinhos, porém a política redacional de um meio de comunicação são decididas pelos proprietários e seus representantes.
Existe uma glamorização de jornalistas, sobretudo os televisivos que diferente daqueles que estão fora da TV, são bem pagos e inevitavelmente tidos como modelos. Esses estão muito mais sujeitos a violar a deontologia, e essas faltas causam danos a toda a profissão.
Os anunciantes são os principais clientes da mídia. Preocupa-se com os conteúdos, na medida em que cria uma confiança favorável a publicidade. Por outro lado fazem pressão para que apague a fronteira entre anúncio e informação.
A liberdade de imprensa pertence ao público. Porém, os usuários muitas vezes constituem um obstáculo à liberdade de imprensa e são pouco dispostos a lutar para defendê-la. Quer seja pela indiferença ou hostilidade, boas ou más razões, a atitude do público é politicamente grave. Mas ao longo do século XX elabora-se um remédio para isso: tornar a imprensa socialmente responsável.
Mercado, direito e deontologia
O mercado não é suficiente para garantir uma boa comunicação social. Ou permite a uma maioria exprimir-se ou a mídia põe-se a serviço da minoria rica, por um lado, e por outro distribui a uma massa indiferenciada o que parece desagradar-lhe menos. Na ausência de regulamentação estatal, o mundo dos negócios não se preocupa com o serviço público, que dirá com a deontologia.
O direito pode ajudar a mídia a fazer o seu trabalho. A lei sueca por exemplo, garante aos jornalistas ausência de censura mesmo em tempos de guerra, acesso a arquivos oficiais, proteção em caso de processo.
Atos lícitos podem ser contrários a deontologia. Como aceitar o convite de um industrial para férias de luxo. Também o contrário, como furtar um documento para provar um escândalo que prejudica o interesse público. Ou seja, apesar de superposições, e importante que o direito e a deontologia permaneçam distintas.
Moral, deontologia e controle de qualidade
Pode-se dizer que a moral é a ética íntima de um indivíduo, fundados por sua visão pessoal do mundo, na sua experiência de vida ou influência de grupos de referência.
A deontologia aplica-se a uma profissão. Praticamente determina o que se faz e o que não se faz.
O controle de qualidade é amplo: engloba moral, deontologia e iniciativas da mídia em satisfazer melhor o público. Tem a vantagem de ser neutro e agradar a todos os protagonistas. Para os usuários, evoca um serviço valioso.
Capítulo 2 - Princípios e valores
Natureza e efeitos da mídia
Neste capítulo o autor compara o sistema social com um organismo vivo, onde cada elemento depende dos outros. Basta um subsistema deficiente para que já não funcione corretamente.
É preciso ter a tripla natureza da mídia quando se trata de deontologia. Ao mesmo tempo serviço público, indústria e instituição política. A primeira, em lugares onde não existem garantias constitucionais da imprensa, reconhece-lhe privilégios que a colocam entre os serviços públicos. Para conservá-la, a imprensa deve merecê-la, oferecendo um serviço de qualidade. Como instituição política, a midi pode resolver problemas com o conservadorismo adotando meios de prestar contas. Tendo assim maior probabilidade de manter sua liberdade. Como indústria deu abertura para que todos os cidadãos pudessem participar da administração do país, mas exigia uma estrutura industrial para os órgãos de imprensa. Hoje, boa parte da mídia está nas mãos de grandes sociedades, cuja finalidade primeira não é o serviço público.
Efeitos da mídia
Os meios de comunicação são frequentemente acusados de todos os males da sociedade moderna. Que eles causam efeitos é fato. Sobre as crianças é um dos assuntos mais estudados pelas ciências sociais. Causam efeitos bons e ruins.
Para que uma mensagem exista é necessário o emissor e o receptor. O usuário não é um receptor passivo. Ele interpreta a mensagem segundo suas experiências, necessidades e desejos. Não é uma vítima, mas um usuário da mídia. Em conseqüência, a principal influência da mídia se faz por omissão: o que ela não diz tem mais influência do que o que ela diz. No entanto, as pessoas se recordarão daquilo que foi relatado pela mídia e o que não foi, é como se nunca tivesse acontecido.
Valores humanos
Existem direitos e deveres. O ser humano tende a exigir seus direito esquecendo que junto, vem os deveres. Todos devem se sentir responsáveis pelos valores fundamentais, nos quais se funda a moral social, como o respeito pela vida humano, não prejudicar ninguém inutilmente, promover a justiça e os direitos do homem, melhorar o destino do outro, a democracia.
Quando falamos de valores universais, a complexidade é maior, pois vai depender de um fator citado no primeiro capítulo desta parte, que é a cultura de alguns países, onde, nas tradições não se aceita igualdade das mulheres, a tolerância para com os seres diferentes, a vida privada, a democracia. Por outro lado, essas culturas não toleram o egoísmo e a selva social do Ocidente.
Liberdade de expressão
O ser humano não dispõe de nenhum dos direitos assegurados pelo estado, se não possuir um deles: o de saber. E se não estiver informado, está desarmado.
Sem comunicação não há sociedade, logo não há sobrevivência prolongada do indivíduo. Se não há liberdade sem limites, também não pode haver liberdade sem responsabilidade. O profissional da mídia precisa de liberdade frente ao estado e aos proprietários. Igualmente, precisa de liberdade econômica para dificultar ser corrompido.
Começou-se a definir liberdade de imprensa não como negação da censura política, mas como a afirmação de uma tarefa a realizar: satisfazer o direito à informação de cada cidadão.
O direito à comunicação
De que serve a liberdade de se exprimir se não é possível fazer-se ouvir? O direito à comunicação impõe-se: o direito reconhecido aos indivíduos de trocar qualquer mensagem por qualquer meio de comunicação. E, consequentemente, a obrigação de fornecer os meios para esta troca.
O objetivo da deontologia das mídias consiste parcialmente em afastar os obstáculos da comunicação. Exceto um: no caso de recusa de comunicar.
Valores midiáticos
As obrigações dos jornalistas consistem primeiro nos deveres de todo ser humano, aplicados a área da mídia. A partir do fim do século XIX, os profissionais da mídia constituíram associações a fim de estabelecer suas próprias regras e independência do estado. Abriram-se escolas especializadas e escreveram-se códigos.
Os valores midiáticos são os mesmos em grande parte do globo onde o regime é democrático. Como a rejeição ao ódio, à violência, o desprezo pelo homem ou de grupos de homens. A deontologia combina com todas as religiões, mas não combina com extremismos, totalitarismos e fundamentalismos.
Parte 2 - A deontologia
Capítulo 1 - Os códigos - Tipos e conteúdos
O código provém de uma lei. Mas pode haver perigos. O que redigem não se espera comprometimento, mas um senso moral por parte do jornalista. E feito para que se saiba o que fazer e o que não fazer. O código informa ao público sobre a profissão. Mostra-lhe que ela tem regras de conduta.
Um código de deontologia deveria ser formulado voluntariamente no interior de uma profissão.
Segundo a natureza das regras
É bom que algumas regras sejam básicas para o profissional, mesmo que lhes seja impossível alcançá-las sempre. Como a pluralidade em suas reportagens.
Contudo, há regras com exceções, onde um meio de comunicação pode negligenciar quando isso for de interesse público. Há regras controvérsias também, em questões de fontes off-the-record, ou quem é responsável pelos atos dos jornalistas de sua equipe, os redatores-chefes ou os próprios jornalistas.
Segundo as funções das mídias
O jornalista não deve ceder a nenhuma pressão visando influenciar a seleção ou apresentação das notícias, venha ela do interior ou exterior da profissão. Deve se preocupar em dar uma imagem exata do mundo, não suscitar xenofobia, racismo ou sexismo, etc. Não fazer nenhum favor a anunciantes. Nada de supressão, distorção ou invenção de notícias para agradá-los.
Segundo o alcance das regras
Seria bom que em todos os tipos de meios de comunicação tivessem cada um seu código, já que a aplicação da deontologia é variável nessa questão. Os telejornalistas devem intervir discretamente com suas câmeras para que se evite desfigurar o acontecimento. Involuntariamente encorajam manifestações, a violência. Deve-se advertir o telespectador a imagens chocantes.
Alguns países têm suas próprias regras, que dependem de herança cultural, grau de desenvolvimento econômico ou estrutura dos meios de comunicação.
Segundo a categoria de profissionais
É útil que os patrões dêem exemplo e permitam a seus assalariados seguí-lo. Como dar remunerações que mantenham sua dignidade e honestidade. Deve separar seus interesses jornalísticos e comerciais.
Regra para todos os jornalistas, patrões ou não, basicamente é permanecer neutros, sem juízos de valores, nem acusar, nem inocentar, sem opinar, apenas dar ferramentas para que o público forme por si mesmo opiniões. Deve se ater a isso, não comprar ou vender informação, não aceitar benefícios de suas fontes.
Segundo a responsabilidade considerada
É-se responsável perante alguém. Um jornalista é responsável primordialmente, perante a ele mesmo. E em seguida, perante a sociedade. Inclusos nela estão seus empregadores - a empresa para quem trabalha - seus colegas de profissão, até mesmo os de veículos concorrentes. Deve sempre lutar pelos direitos dos jornalistas. Perante suas fontes também. Deve respeitar as informações obtidas através dela, sem deformar uma palavra, citando-a fora do contexto. Informar, antes das entrevista, qual o assunto ali a ser tratado, o gancho da matéria, sem dar detalhes das perguntas, pois é um direito de jornalista. O profissional também deve estar comprometido com as causas. Não deve lançar acusações, mesmo que fundadas, se não servirem o bem público. Não deve prejudicar os usuários, seja de modo subliminar ou sensacional, criando temores ou esperanças injustificadas.
Segundo o estagio das operações
A premissa dos jornalistas é não inventar informação, mas também não deve utilizar de meios desonestos para obtenção de informação. Também não se deve comprar informação, nem usar meios coercitivos, nem violar a vida privada das pessoas. A partir do momento em que se desrespeita a privacidade, a deontologia não está sendo respeitada também.
Códigos dos meios de comunicação de entretenimento
A mídia é acusada de usar do entretenimento para a manipulação. A deontologia não pode ser idêntica nos dois setores. Alguns dos danos denunciados nos códigos são devidos as confusões entre a informação e o divertimento.
Sobre rádio e TV, é interessante que inove, estimule a criatividade e trate de grandes problemas morais e sociais. Deve mostrar a dinâmica da mudança. Deve apresentar uma gama de programas culturais e educativos. Os radioteledifusores tem uma responsabilidade particular perante as crianças. A televisão deve levar em conta que seu público são as famílias, e alguns tipos de programas devem ser proscritos. Ela tem o dever de ajudar no desenvolvimento da personalidade das crianças, na sua educação, cultura, moral.
Interpretação e aplicação dos códigos
Os códigos não são regras absolutas. Mesmo que se estabeleçam, é necessário uma reflexão por parte dos jornalistas no cotidiano do seu trabalho. Estudar a deontologia não é tão difícil quanto torná-la prática. Exige-se a junção de princípios individuais e coletivos, e a tantas se difere.
Capítulo 2 - As omissões
A preguiça, a insensibilidade burocrática, falta de imaginação acaba fazendo com que se coincidem os setores, os fenômenos, fontes supostamente especialistas, a serem abordados. Fazendo com que a informação seja alvo de omissão.
Outro fator que contribui para a omissão, é a falta de fontes com várias angulações. Ouve-se muito uma versão de um fato, mas pouco a versão de outro.
A seleção
A omissão é o pior pecado da mídia. Os dirigentes dos meios de comunicação deveria se preocupar mais com seus clientes e menos com seus acionistas, enquanto se constata que fora do setor da mídia, há maior rentabilidade nas empresas que tem essa preocupação.
Com a superficialidade e simplismo a mídia dá imagens incompletas do mundo, deformadas, e que podem gerar sentimentos e comportamentos lamentáveis.
Os meios de comunicação enfatizam o conflito. Quando uma informação contém um pequeno elemento negativo, é sobre ele que se constrói a reportagem.
O tratamento e a apresentação
A maneira de dizer importa tanto quanto o que se diz. Raros são os códigos que mencionam a necessidade de os artigos serem atraentes. Tanto pela parte escrita (textos concisos e ordenados) quanto pelo design, paginação, ilustração, diagramação.
O bem estar da sociedade
Daí se baseia a ética em todos os setores. O jornalista deve proteger os humildes, ter ações cívicas que incitam a luta pelos direitos do cidadão.
O setor de entretenimento
É valido que se use da diversão para informar, desde que de interesse público. O entretenimento torna a informação mais atrativa, e alicia enqunto se cria canais educativos.
Os meios de comunicação comerciais fazem pouco para inovar. Assim, a mediocridade torna-se mesmo técnica. Eles, particularmente, cultivam a imbecilidade, a alienação dando um vazio intelectual, negligenciando o papel educativo da mídia.
A mídia visa fabricar consumidores, e não cidadãos. Associa-se a felicidade com o consumo.
Problemas de publicidade
Mesmo que a publicidade traga rendimentos à mídia, esta não pode ser influenciada sobre seu comportamento. Deveria haver uma clausula em todos os códigos deontologicos, de todos os países, onde a mídia tem direito de verificar os dados nas publicidades.
Parte 3 - A prática
Capítulo 1 - os M*A*R*S Meios de assegurar a responsabilidade social da mídia
O MARS é todo meio não estatal usado para tornar os meos de comunicação responsáveis perante o público. Normalmente só agem sobre pressão moral. Mas sua ação pode vir a ser reforçada pela autoridade dos dirigentes da mídia ou por disposições legais pré-existentes.
Os atores
O público deve ser satisfeito pelos meios de comunicação. Patrões, profissionais e usuários podem consagrar-se a esse controle de maneiras diversas, juntos ou separadamente. O estado não deve participar, salvo quando ameaças que às vezes são necessárias para desencadear o processo de auto regulação.
Os meios
A formação é a solução a longo prazo da maior parte dos problemas de qualidade. A formação prática, pelo trabalho, tornou-se perigosamente insuficiente. A universidade pode conceder cultura geral, conhecimentos específicos num setor e uma consciência deontológica.
O método mais velho para melhorar a qualidade ainda é a avaliação. Mais fácil e mais banal. É a crítica, positiva ou negativa. Uma função primordial da mídia é dar abertura aos leitores para poderem exprimir a opinião sobre a mídia, como “Cartas dos leitores”. É bom que se publique também comentários contraditórios, pontos de vista opostos sobre as questões importantes, sobretudo se for um meio de monopólio local.
Um código de deontologia é indispensável e eficaz na medida em que é de conhecimento de todos do meio de comunicação.
Indivíduos ou grupos
O público precisa ser informado sobre as próprias questões que dizem respeito à mídia. É preciso que jornalistas se especializem nesse setor para cobrir-lhe a atualidade e dedicarem-se a investigações sem complacência.
Espera-se que críticas internas contribuam para a educação deontológica do pessoal.
Existe uma figura que ajuda a obter o controle de qualidade da mídia. É chamado em alguns lugares de mediador. Seu papel é ouvir os usuários descontentes. E para isso deve estar preparado.
Processos
Os jornalistas precisam aperfeiçoar sua competência numa especialidade e as vezes precisam de mais tempo par refletir sobre a profissão. Todas as crianças precisam ser ensinadas a conhecer as estruturas da mídia, seus conteúdos, seus efeitos, e a aprender como utilizá-la, talvez até como fazê-la (veículos do colégio)
Um veículo precisa verificar seu nível ético (taxa de erros, regras seguidas, regras quebradas). É bom que faça uma pesquisa, que dê dados numéricos e não apenas acusações vagas e respostas impressionistas.
O que foi feito na Europa
Em dois terços dos países existe um código geralmente reconhecido. Na maior parte dos casos, ele vem de sindicatos de jornalistas. Em dois casos, o código vem do conselho de imprensa (Alemanha e Áustria), criado ele próprio pelos sindicatos de jornalistas e editores.
Nem todos os meios de comunicação corrigem claramente seus erros. A maioria da mídia impressa o faz, mas discretamente. Visto que também quase não há críticos internos.
Capítulo 2 - Criticas e Obstáculos
As críticas
Nos Estados Unidos, advogados de jornais desaconselham a seus clientes adotar um código, temendo processos de usuários por difamação. O código contribui para convencer os jurados da boa fé do meio de comunicação. Aliás, os grandes grupos têm meios para fazer processos se arrastarem até ganhar ou fazer o queixoso desistir.
Outra crítica comum é que os códigos ameaçam a liberdade de imprensa. Eles são uma lista de proibições vagas de votos piedosos. Tem em seus textos frases desprovidas de sentido ou justificação.
Conclusão
É necessário que os profissionais e o público se mobilizem, organizem-se e encontrem meios de agir para a melhora dos meios de comunicação. As pessoas estão começando a entender que a mídia não era satisfatória, e que ela deve preencher todas as suas funções.
A deontologia ajuda na melhoria da coleta de informação, na veracidade dessas informações, e isso dá credibilidade ao profissional e aos meios de comunicação.
O jornalismo está aprendendo a ser atraente sem se desviar do objetivo principal: bem comum a sociedade. Ele está aprendendo uma maneira mais eficaz de atingir o público alvo, fazendo com que se interessem pela leitura e tenham conhecimento sobre o mundo que os cerca. A informação é uma grande arma para conquistar direitos e espaço.
O autor faz as conclusões no final do livro, não se atém capítulo por capítulo. A obra é bem concisa e ajuda a entender a deontologia das mídias. Quem lê cresce como indivíduo e repensa as suas criticas quanto a ela. Analisa melhor as condições em que está inserida e entende qual o processo de uma notícia para que esteja absolutamente dentro da ética da comunicação.
Sobre o autor:
Claude-jean Bertrand se consagrou ao estudo das mídias por mais de 35 anos. Estudou a deontologia e os meios de torná-la respeitada. Já deu aulas, escreveu artigos, fez conferências sobre mazelas dos mios de comunicação, ao mesmo tempo em que sugeriu medidas eficazes de aperfeiçoamento.
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