Referência Bibliográfica
Autor: Claude-Jean Bertrand
Título: Deontologia das mídias
Imprensa: Gráfica Brasileira S/A. Editora, Impressão e Acabamento Bandeirantes -on demand-
Número de páginas: 234. Formato 12x19 cm; Tipologia Granmond Book; Papel reciclado. Impressão sob demanda. Acabamento, costurado e colado. Tiragem, 1000.
Ilustração: Não possui ilustração, exceto a foto do autor.
Credenciais do autor
Claude-Jean Bertrand foi um excelente doutor em estudos anglo-americanos, professor de civilização norte-americana, nas universidades de Strasburgo e Nanterre na França. Foi também professor e pesquisador no Instituto Frances de Imprensa, na Universidade de Paris II, na área de meios de comunicação de massa. Dedicou anos de estudo sobre responsabilidade da mídia.
A obra
Diante do sistema democrático, a mídia ganha força para atingir a todos com informação e entretenimento. Uma vez que grande parte das empresas de comunicação enxerga a forma de fazer noticia apenas como moeda de trabalho, surgem inúmeros veículos irresponsáveis que deixam de lado a ética e usam o sensacionalismo para vender seu produto. É aí que entra a importância do livro Deontologia das mídias. O autor Claude-Jean Bertrand propõe um conjunto de princípios e regras estabelecidas pelos próprios profissionais da mídia e do jornalismo, com a colaboração dos usuários com o fim de impor a ética no processo da produção até a veiculação da informação. Além disso, o autor faz um estudo sobre a liberdade de expressão e estimula a discussão sobre as diversas fórmulas de auto-regulamentação, que podem ser adotadas pelos veículos de informação.
Na introdução, o autor pretende clarear as idéias do leitor. Bertrand explica o porquê de fazer o estudo da deontologia apenas agora, se antes também existia a mídia. Ele explica que em uma época muitos profissionais tinham receio em falar sobre deontologia, mas hoje isso mudou e os próprios profissionais já se manifestam por meio de artigos, editoriais, revistas, programas de radio e TV. Bertrand acredita que há vários motivos para que os profissionais queiram estudar, falar e publicar sobre deontologia. Um deles envolve o fator da evolução. Nesse sentido, há um nível mais exigente de publico, jornalistas com mais técnica e estudo que antes, além de considerar que a tecnologia manipula a informação. Deixa claro, ainda, que a finalidade da obra é informar e convencer, mas não denunciar nenhum veículo de informação.
O autor explica no primeiro capitulo que existem obstáculos para liberdade de imprensa. A deontologia só pode se desenvolver se a mídia for livre. Mas existem fatores que impedem essa liberdade, entre eles, a tecnologia, a política, a economia, o conservadorismo e as tradições. No regime autoritário, os meios de comunicação são privados, mas quem decide o que vai ser publicado ou não são as autoridades. Regime comunista, lá o conceito de liberdade de impressa não existe. O Estado usa a mídia apenas para mandar as pessoas seguirem a ideologia dele, assim, a mídia deve mentir e omitir tudo que não é de interesse dos governantes. O Regime liberal impõe que os fatos devem ser relatados e as opiniões sejam expostas na mídia. Isso aconteceu graças ao artigo 19 da Declaração Internacional dos Direitos do Homem da ONU. No Regime de responsabilidade Social, é preferível que a mídia não seja de propriedade nem seja controlada por quem governa. E, caso o público esteja insatisfeito, a mídia deve mudar para satisfazer seu público.
Para entender as funções concernentes à mídia, é preciso saber que serviço ela deve prestar. Para isso, o autor apresenta categorias que são alvos da deontologia. Observar o entorno, assegurar a comunicação social, assim como fornecer imagem do mundo, pois a que temos não é suficiente, e transmitir cultura para que as barreiras e preconceitos se quebrem, contribuir para felicidade a fim de aliviar as tensões do cotidiano do público e vender, já que é por meio da mídia que a publicidade ganha vida. Os tipos de meio de comunicação são diferentes e cada um merece atenção especial para estudar a deontologia. Bertrand mostra em sua obra que é clara a distinção entre imprensa e mídia audiovisual; mídia pública e mídia comercial; mídia privada e não comercial.
O autor mostra que existe uma separação entre informação e entretenimento. Ele explica que a imprensa popular sempre privilegiou a diversão, e a mídia comercial usa o entretenimento em seus produtos. Portanto, segundo o autor, a informação exata e útil fica de um lado e, do outro, a distração que não prejudique a sociedade.
Os participantes da mídia são quem a faz. Neste caso são os patrões e empregados. Os patrões devem ter postura, pois todo jornalista está sujeito a cometer erros, e cabe ao patrão impor que seu grupo respeite as leis, a não ser que queiram eles mesmos responder nos tribunais. Bertrand usa as palavras peões e vedete para explicar as duas personalidades de um jornalista. Segundo ele, os peões são aqueles profissionais comuns, mal remunerados , julgados por todos os males da mídia. Já as vedetes são consideradas astros do jornalismo, bem remunerados e famosos, estão sujeitos a violar a deontologia, pois as tentações são muitas, além do perigo de deixar a celebridade falar mais alto. Os anunciantes ,segundo Bertrand, são os cliente Vips da mídia, por isso, estão sempre preocupados com o conteúdo mostrado por ela. O autor acredita que os usuários deveriam discutir mais sobre comunicação social, e lutar pela liberdade de imprensa, uma vez que esta pertence ao público.
O mercado não é suficiente para fazer comunicação social, de sorte que, na melhor das hipóteses, prevalece à elite, em detrimento da massa. Direito e deontologia são definições bem distintas. Ao mesmo tempo em que a mídia pode provocar danos sem infringir a lei, que é , por exemplo, quando um jornalista aceita de mão de um industrial pacote de férias, a deontologia tolera atos ilegais, como usurpar uma identidade para desmascarar um político, se ele ameaça prejudicar a sociedade. Para finalizar o capitulo, Bertrand apresenta: moral, deontologia e controle de qualidade. Este último possui a vantagem de ser neutro: agrada a todos protagonistas. Para os usuários, deve apresentar qualidade, para o jornalista, oferece credibilidade, para os proprietários, conquistam públicos.
No capitulo dois Bertrand discute sobre a natureza e os efeitos da mídia. Ele acredita que a mídia é parte fundamental da sociedade, e envolve no estudo da deontologia serviço público e instituição política. O autor explica que foi a partir do momento em que a comunicação de massa surgiu que houve a participação de cada cidadão. Os efeitos que os meios de comunicação têm sobre a sociedade são vários. Os veiculos podem influenciar qualquer individuo, e o veiculo que oferece noticias apenas de fato violentos pode traumatizar um cidadão, a ponto de ele não ter coragem de sair de casa. A deontologia tem maior preocupação com os deveres, pois, crê o autor, liberdade e responsabilidade caminham juntas.
A liberdade de expressão foi um direito conquistado dentro dos direitos do homem. A liberdade de imprensa é feita para comunicar, informar o homem sobre o mundo que o rodeia, mas isso é um direito que cada individuo tem por questões até mesmo de sobrevivência. Mas o autor deixa bem claro: há limites, pois não existe responsabilidade sem limites. A liberdade de imprensa, explica o autor, não foi definida para dar fim à censura, senão para satisfazer o direito à informação. O direito de comunicação não pode ser limitado. Esse direito deve reconhecer que cada cidadão pode trocar mensagem por qualquer meio de expressão, e a coletividade deve oferecer oportunidade para essa ação ocorrer, assim como acontece com o direito a educação; nada adiantaria se não existissem escolas.
Na parte dois do livro, o autor apresenta a deontologia em detalhes. Tratam-se de códigos e tipos de conteúdos. Os códigos surgem quando já existe uma lei, e nele é escrito senso moral. O que pode e não pode ser feito, apresentados pelos próprios jornalistas. Esses códigos deontologicos têm como objetivo informar o público sobre a profissão, apresentar as regras de conduta, aumentar a credibilidade, incentivar o prestigio pela profissão, proteger o cliente. No caso em debate, que é a comunicação social, quem redige os códigos é a própria associação de jornalista. Os tipos de cláusulas contidos correspondem à definição de práticas escandalosas da mídia de acordo com a cultura de uma nação.
Conforme a natureza das regras, há a regra ideal, segundo a qual é aconselhável jamais aceitar missões contrárias a deontologia, ter conhecimento extremo do assunto, emitir opinião própria fora da reportagem, lutar constantemente para defender os direitos do homem. As regras gerais constituem o objeto de leis ou religiosas, por exemplo, não roubar, não mentir, não falsificar voluntariamente uma informação. Regra com exceções é quando o fim justifica os meios. O jornalista deve dissimular a identidade da fonte quando ela apresentar comportamentos anti-sociais ou ameaças à saúde publica. Existem também ,de acordo com Bertrand, as regras controversas, em que a mídia deve questionar tudo que vem do governo.
Bertrand explica ainda que a maior parte dos códigos tem foco no jornalismo escrito. Diferentemente do Japão, onde cada veículo possui um código. As regras relativas a um setor da atualidade é que cada jornalista, em sua determinada área, adapte-se a um conjunto de regras especificas, por exemplo, jornalista financeiro, jornalista católico, repórter esportivo, entre outros. Na área de jornalismo terrorista e policial, exige-se atenção especial : os profissionais devem ser discretos, frios, evitar reportagens ao vivo; quando se trata de relatos policiais, o repórter não deve usar adjetivo, revelar os parentes, e jamais esquecer que quem decide sobre quem é culpado ou não é a lei, portanto, não deve tratar ninguém como culpado antes do veredicto.
Para cada país existe um conjunto de regras correspondentes à cultura. Na hierarquia do jornal também foram aplicados os códigos, e o autor discorre sobre cada cargo. Há regra somente para patrões, que devem servir de exemplo para seus assalariados; há regras só para jornalistas, que devem permanecer neutros sem participar de manifestações e não obter qualquer vantagem pessoal fazendo publicidade clandestina.
O autor explica os códigos segundo a responsabilidade, e deixa claro: não se é simplesmente responsável, é-se responsável perante alguém. Por isso, cada profissional deve ser responsável por si próprio, ou seja, não executar trabalhos que contradizem a suas ideologias, para não destoar da deontologia. Diante dos colegas de profissão, ele jamais deve desacreditar da profissão, deve lutar pelos direitos do jornalista, ajudar os colegas com dificuldade e não se apropriar de idéias de outros colegas de profissão. Perante as fontes, o profissional deve ser fiel ao que a fonte diz e não usar isso de forma que cause duplo sentido e, se a fonte exigir segredo, deve-se respeitar e ter senso critico para discernir o que pode e o que não pode ser publicado. Perante as pessoas, o jornalista não pode publicar informações que não sejam de interesse público, não caracterizar uma pessoa pela cor, preferência sexual, deficiência física ou mental, se essa característica não for pertinente, e não publicar imagens violentas para não magoar entes queridos. Perante aos usuários, o profissional não deve, de modo algum, prejudicá-los.
Segundo o estágio das operações. Não é aceitável jamais que o profissional invente uma informação e nem utilizar meios desonestos para consegui-la; ao selecionar a informação, evitar fontes que não estejam preparadas para dar certa informação, não omitir uma informação por preguiça de correr atrás dos fatos, enfim, selecionar as informações em função de sua importância para o público. Ao publicar qualquer matéria, a parte publicitária deve ser bem distinguida da reportagem, os dados contidos nela devem estar corretos, não é permitido usar o sensacionalismo no fato. Após a publicação, se a redação tiver cometido o erro, este deve ter seu espaço para ser corrigido.
Existem também códigos destinados aos meios de comunicação de entretenimento. Como já foi dito, a informação e o entretenimento são coisas distintas, embora essa distinção não seja absoluta. Por exemplo, muitas pessoas buscam entretenimento ao ler o caderno policial de um jornal, por isso, a deontologia não pode ser idêntica nos dois setores. Para o rádio e televisão, existe o código da NBA, que estabelece que seja interesse da televisão incentivar a criatividade, inovar, tratar dos grandes problemas sociais. O entretenimento da mídia deve oferecer ao homem dignidade e fraternidade.
De acordo com Bertrand, a interpretação e a aplicação dos códigos são considerados problemas a serem resolvidos, pois ao se falar deles a explicação fica vaga e não absoluta. È importante saber que nenhum código foi feito para todos os casos, portanto, em certas situações o profissional deve apelar para o bom censo, e os código possuem uma única finalidade: contribuir para formação deontológica dos jornalistas.
No capitulo dois da parte dois, o autor fala das omissões dos códigos, e dedica o capitulo para falar de comportamentos recomendados, mas que não são citados em códigos, que foram inspirados nas constantes criticas aos profissionais. Conhecer a si e a seus limites é ter consciência do que ele é e do que não é. Bertrand fala que os códigos esquecem de estigmatizar o jornalista que contenta com o dossiê de imprensa, além de não citar a exigência fundamental que é o domínio de sua própria língua e que dominem sua cultura. Preguiça, insensibilidade burocrática, falta de imaginação são obstáculos consideráveis da deontologia.
O tratamento e a apresentação da informação independem do emissor. Os jornais de dimensão fixa devem tomar cuidado para não oferecer ao leitor um produto monótono e sempre se lembrar de relatar a atualidade de forma criativa e inédita. Existem também as pseudo-informações, que são noticias em que as pessoas que se beneficiam delas são quem a fabricam. Escândalos políticos e paparazzis são exemplos disso. As informações incompreensíveis são um erro de quem as redige. O texto jornalístico tem que ser escrito para todo e qualquer cidadão. Existem também informações tediosas. O autor questiona que as informações públicas não têm muita utilidade, já os que não são importantes, como acidentes e crimes passionais , são as mais lidas.
No setor de entretenimento existem muitas faltas cometidas por esta mídia. Publicidade clandestina, corrupção de apresentadores, mediocridade estética. O autor critica que os meios de comunicação de entretenimento não estão preocupados em promover a literatura, e sim em garantir audiência. O vazio intelectual é a violação mais nítida, pois cultiva a imbecilidade ao apresentar seriamente a astrologia. Mediocridade moral, já que a mídia não quer formar cidadão educado ou fiel, e sim conquistar consumidores. Por isso usa pessoas bonitas estereotipadas, provocando o incentivo ao racismo.
Na parte três o autor explica sobre a prática. Ele criou os M*A*R*S, que significa: meios de assegurar a responsabilidade social da mídia. Formulado no início dos anos 90, foi usado para tornar os meios de comunicação responsáveis diante do público. Os autores devem priorizar em atender o público, e fazer com que ele sinta-se satisfeito com o serviço que tem em mãos. Aos diretores de redação, cabe respeitar extremamente o código, o que se torna fácil quando os códigos fazem parte no contrato de admissão. Os jornalistas são os mais interessados em cumprir a deontologia, afinal, quem ganha com isso são eles mesmos. Os usuários são muitas vezes esquecidos quando se fala de deontologia, por se acharem impotentes diante da mídia. A formação dos meios acontece em longo prazo. A faculdade oferece a cultura geral, conhecimentos específicos em um setor e uma consciência deontologica. A avaliação é o método mais velho e mais fácil para melhorar os meios de comunicação, e o mais banal é a critica positiva e negativa. As observações sistemáticas são necessárias hoje pelo fato de haver vários produtos da mídia. Apenas especialistas para dedicar estudos prolongados da mídia.
Bertrand fala também sobre os documentos escritos ou transmitidos pelo rádio e televisão. O quadro de correção, apesar de parecer desprezível, permite que a imprensa corrija seu erro, assim, adquire maior credibilidade diante do público. As cartas de leitores têm uma função primordial, pois a mídia deve oferecer fórum para que haja discussão e, assim, qualquer indivíduo exerça seu direito de exprimir-se. È bom para o veiculo publicar opiniões contrarias as que foram expostas pelo próprio. Existem revistas, relatórios, livros e filmes criados apenas para criticar a mídia.
No capitulo dois da parte três, Bertrand fala das criticas e dos obstáculos. As criticas feitas aos códigos podem contribuir para convencer os jurados da boa fé do meio de comunicação, e permite que os humildes s façam ouvir pela mídia. O autor explica ainda que os códigos não são se não apenas uma lista de proibições vagas e de votos periódicos. Por exemplo, nos códigos, fala-se muito em dizer a verdade, mas não explica o que venha ser a verdade. Ele critica também o fato de falar apenas aos homens jornalistas, e esquece de citar mulheres, os pobres.
Ao falar dos obstáculos Bertrand coloca em discussão as objeções injustificadas. A ameaça de recuperação pelo Estado, a inutilidade, o estigma das relações públicas, a hostilidade partidária, a ignorância. Já os obstáculos verdadeiros são a dependência dos jornalistas, o conservadorismo, o corporativismo, a arrogância, a hiper-susceptividade, o preço, o tempo e a tara fundamental.
O autor faz conclusões, obviamente colocadas no final do capitulo. Ele conclui que é necessário que os profissionais e o público se mobilizem, organizem-se e encontrem meios para agir; que o controle de qualidade torna-se ao mesmo tempo útil e realizável; quanto ao público, a deontologia em imediato aumenta a confiança deles perante a mídia; que o objetivo primordial dos profissionais não seja aumentar o rendimento da empresa, mas sim atender as diversas minorias que compõem o público; que os profissionais compreendam que sistemas com os M*A*R*S só trazem beneficio, pois o público ganha qualidade e eles ganham o público; que ao lado da tecnologia a deontologia se faz com uma lentidão glacial. E, por fim, que a deontologia é o único método ao mesmo tempo eficaz e inofensivo para melhorar o serviço da mídia, entretanto, é lenta, opera a longo prazo e, como todo empreendimento,requer energia, espírito inovador, devotamento, senso de organização e vontade de consulta.
Apreciação
O autor tem muita segurança ao falar desse assunto, afinal, ele dedicou muitos anos para que as conclusões do estudo fossem realizadas. As questões econômicas são importantes, pois em cada país os códigos deontologicos seguem uma linha de acordo com o regime político adotado.
Ler esse livro, para mim, foi extremamente importante. Por meio da leitura, pude perceber quanto os mínimos detalhes fazem a diferença no resultado final. Infelizmente, porém, como o nosso diploma não tem obrigatoriedade, o cuidado que devemos ter ao publicar a informação deve ser extremo, afinal, estamos nos lidando com a confiança do público para com o veiculo. Portanto, o estudo da deontologia deve, sim, fazer parte da grade curricular de nós, acadêmicos de jornalismo. Quem sabe assim conseguiremos mudar um pouco da realidade da nossa mídia, que deixa a desejar e falha em cumprir os códigos citados no livro, como aceitar propina e evidenciar o sensacionalismo.
Bertrand deixa claro que a intenção do livro não é desprezar algum veiculo e, por isso, ele, apesar, de citar exemplos, , não os nomeia. E faz isso de maneira muito criativa, que desperta curiosidade no leitor, para conhecer os benefícios da deontologia. Ele é audacioso a ponto de criticar os códigos, mas o faz com muita autonomia. Não para criticar, senão para fazer com que o leitor questione.
O autor não é conciso, pois para falar de deontologia é necessário mostrar todos os detalhes. Apesar disso, é objetivo. Em muitas partes foi preciso recorrer ao dicionário, embora isso não impedisse uma boa compreensão, portanto, Bertrand foi muito claro ao expor suas idéias e explicá-las. Acho também que o assunto facilita a transmissão da mensagem. A linguagem usada por ele é correta e a forma não é lógica e sim sistematizada e objetiva.
A obra é muito importante para todos os profissionais da comunicação social, seja ele formado, universitário ou até mesmo auto-ditada. Além disso, o público que se interessa pelos direitos também pode ler para exigir que a mídia cumpra seu papel de informar e respeitar o público. Pode notar, assim, que o estudo da deontologia é de suma importtância para os profissionais e, principalmente, para cada cidadão.
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